Qual é o melhor método de irrigação: conheça os principais

Existem muitas discussões sobre qual é o melhor método de irrigação, por que ele precisa ser algo eficiente e que ofereça vantagem para os agricultores.

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Hoje vamos entender sobre as melhores opções usadas no Brasil:

Existe algum método de irrigação considerado o melhor?

Os métodos de irrigação desempenham um papel crucial na agricultura, especialmente em regiões onde a disponibilidade de água é um desafio. No Brasil, diversos métodos de irrigação são utilizados, cada um com suas vantagens e desvantagens.

Mas é preciso entender que não existe um método único e universal considerado o melhor deles. A escolha depende de uma série de fatores como o custo que está disposto a investir, topografia do terreno, clima da região e outros.

Qual é o melhor método de irrigação?

Antes de escolher o melhor método de irrigação para o seu cultivo, é preciso saber quais são eles. Veja quais são:

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1 – Irrigação localizada

A irrigação localizada ocorre aplicando a água na área ocupada pelas raízes das plantas, criando um círculo molhado ou uma faixa úmida, sendo muito mais utilizado em produções frutíferas.

É uma mão de obra de baixo custo e energia, com uma ótima eficiência, já que pela água estar diretamente na raiz ela tem menos chances de evaporar. 

Pode ser ajustada para fornecer nutrientes através de fertirrigação, reduzindo perdas e otimizando a nutrição das plantas. É um tipo de método que pode ser usado em diferentes tipos de solo, mantendo o solo úmido o tempo todo, sem ser afetado pelo vento ou declive.

Também não podemos deixar de mencionar suas desvantagens, como o custo inicial elevado e necessidade de manutenção frequente por conta de entupimentos.

2 – Irrigação por aspersão

A irrigação por aspersão simula uma chuva artificial, distribuindo a água por meio de aspersores. É um método adequado para diversos tipos de culturas por ter uma boa uniformidade na distribuição da água.

É bastante eficaz e rápido, com bom aproveitamento dos equipamentos de agricultura, exigindo baixo custo da mão de obra. Mas deve ser levado em conta que por manter as folhas sempre úmidas, pode aumentar as chances do desenvolvimento de doenças.

3 – Irrigação por gotejamento

Esse é um método de micro irrigação, feito para economizar água e nutrientes como um todo. Com ele, a água chega às raízes por meio de gotejadores direcionados para essa parte em específico, reduzindo o desperdício.

Oferece diferentes vantagens como a alta eficiência no uso da água, redução de doenças nas folhas e economia nos fertilizantes que podem ser combinados à irrigação.

4 – Irrigação superficial

Nesse tipo de irrigação a água é passada por cima do solo, geralmente inundando a plantação ou realizando por sulcos. É bastante usado para plantações de arroz no sul do Brasil.

Quando feita por sulcos a água é aplicada em canais ou entre as fileiras de plantas, bastante eficaz em culturas como milho ou cana de açúcar. Tem um baixo custo de instalação, já que não requer equipamentos sofisticados.

Porém, há uma alta perda de água por percolação ou evaporação, e também não é uma prática muito indicada para terrenos com declives acentuados, já que compromete a distribuição de água uniforme.

Já quando for feita por inundação, o cultivo é submergido e a água distribuída por toda a superfície, também é muito simples e não requer equipamentos sofisticados, e pode suprimir o crescimento de ervas daninhas.

Mas acaba tendo um grande consumo de água, não sendo tão econômico nesse recurso e não é adequado para todos os tipos de cultivo.

5 – Irrigação subterrânea

A irrigação subterrânea é um método de alta eficiência que aplica água diretamente na zona das raízes das plantas através de tubos perfurados ou porosos enterrados no solo.

Esse método minimiza as perdas de água por evaporação e escoamento superficial, garantindo uma distribuição precisa e eficiente.

Como a água é aplicada diretamente nas raízes, há menos perda por evaporação comparado aos métodos superficiais. E por ser controlada, reduz o risco de percolação.

Outro ponto positivo é que a água não entra em contato com as folhas então tem uma menor incidência de doenças foliares, além de ser fornecida exatamente onde é necessária, promovendo um crescimento saudável e eficiente.

Porém, nesse caso a instalação do sistema de tubos pode ser cara, especialmente em grandes áreas. Requer manutenção regular para evitar entupimentos e garantir o funcionamento adequado do sistema.

A eficiência pode ser afetada pelo tipo de solo. Solos arenosos, por exemplo, podem apresentar dificuldades na retenção da água. Não é adequado para todas as culturas. Culturas de ciclo curto ou aquelas que requerem uma área maior de molhamento podem não se beneficiar tanto deste método.

Conclusão

Na escolha do melhor método de irrigação, é essencial considerar as necessidades específicas de cada cultivo, bem como as características ambientais e econômicas da região.

A irrigação localizada, como o gotejamento, destaca-se pela eficiência no uso da água e na redução de doenças foliares, sendo ideal para culturas frutíferas e hortícolas. Embora o custo inicial seja elevado, os benefícios a longo prazo compensam esse investimento.

Por outro lado, a irrigação por aspersão é uma opção versátil, oferecendo boa uniformidade e adaptação a diferentes tipos de culturas, apesar do risco de doenças devido à umidade constante nas folhas. A irrigação superficial, com seus baixos custos de instalação, é eficaz para culturas como arroz e cana-de-açúcar, mas pode resultar em desperdício de água por evaporação e não é adequada para terrenos inclinados.

A irrigação subterrânea, embora eficiente na redução de perdas por evaporação, requer investimentos significativos em infraestrutura e manutenção. Em última análise, a escolha do método ideal deve ser baseada em um equilíbrio entre eficiência, custo e adaptabilidade às condições locais.

Assim, agricultores podem maximizar a produtividade e a sustentabilidade de suas operações, garantindo um uso mais responsável dos recursos hídricos disponíveis.


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