Pulgão: principais espécies e controlar na lavoura

Se você tem problemas com pragas em sua plantação, conheça agora as principais espécies de Pulgão e como você pode fazer o controle na sua lavoura!

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Você sabia que uma infestação de pulgões pode diminuir a produção de soja em até 40%? Esses insetos, chamados de afídeos, podem destruir culturas importantes.

É crucial conhecer as espécies e como controlá-los para proteger a lavoura.

Pulgão: principais espécies e controlar na lavoura
Imagem: Canva

O pulgão é temido por sua rápida reprodução. As fêmeas podem depositar até 70 ovos em um ciclo de vida que varia de 15 a 25 dias.

Isso faz com que os afídeos se multipliquem rapidamente, causando grandes danos.

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A presença de pulgões afeta tanto a quantidade quanto a qualidade das colheitas.

Por exemplo, no trigo, é necessário controlar se mais de 10% das plantas tiverem pulgões.

Para espécies como Aphis gossypii no algodão, são recomendados vários grupos químicos.

Para um manejo integrado de pragas eficaz, é importante usar estratégias inovadoras.

Este artigo vai explorar as melhores maneiras de identificar, entender e controlar os pulgões.

Assim, você pode garantir a saúde e produtividade das suas culturas.

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Introdução ao Pulgão

Os pulgões são pequenos insetos que se alimentam da seiva das plantas.

Eles inserem toxinas e transmitem vírus, causando danos. São uma das principais pragas agrícolas enfrentadas por produtores em todo o mundo.

O pulgão-verde (Schizaphis graminum) é uma praga-chave na cultura do sorgo.

Já o pulgão-do-milho (Rhopalosiphum maidis) causa danos sob condições específicas.

Eles têm uma capacidade reprodutiva incrível, afetando culturas como frutíferas e hortaliças.

Os pulgões danificam as plantas ao sucção de seiva e malformá-las.

Eles também secretam substâncias que facilitam o crescimento de fungos prejudiciais. Isso prejudica a fotossíntese e o desenvolvimento das plantas.

A agricultura sustentável busca métodos de controle para reduzir esses impactos.

Inclui o uso de produtos biológicos e a conservação de inimigos naturais.

Estratégias de manejo integrado de pragas também são recomendadas para controlar as populações de afídeos.

Como identificar pulgão: características morfológicas

Identificar pragas é essencial para a saúde das lavouras. Entender a morfologia de insetos agrícolas, como o pulgão, é um passo importante.

O pulgão tem um corpo pequeno e alongado, sem uma linha clara entre a cabeça e o tórax.

Suas cores variam, podendo ser amarelo, verde, preto ou vermelho.

Eles medem entre 0,58 mm e 3,3 mm, dependendo da espécie. Os pulgões têm pernas, antenas e sifúnculos escuros. Algumas têm asas.

As ninfas são menores e mais claras que os adultos.

Pulgão: principais espécies e controlar na lavoura

Veja a seguir uma tabela com características dos pulgões em diferentes cultivos:

EspécieComprimentoCultura AfetadaCaracterísticas Específicas
Aphis gossypii1,3 mmMais de 700 plantasCor preta ou verde, ataca diversas espécies vegetais
Sitobion avenae1,3 – 3,3 mmTrigo, aveia, centeio, cevadaCor verde-claro a vermelho, ataca espigas
Rhopalosiphum maidis0,9 – 2,6 mmMilhoCor azul-esverdeado, forma colônias nos cartuchos
Myzus persicae2 mmHortaliças brássicasCor verde, ataca folhas e caules jovens
Schizaphis graminum1,5 mmTrigoCor verde claro, primeiro registro no Brasil

Identificar corretamente as pragas e entender a morfologia de insetos agrícolas são essenciais. Isso ajuda a controlar e proteger as lavouras.

Conhecendo bem cada espécie, os agricultores podem usar estratégias mais eficazes.

Isso ajuda a reduzir perdas de produção, que podem chegar a 40% por causa de pragas e doenças.

Ciclo biológico dos pulgões

O ciclo biológico dos pulgões é fascinante e crucial para entender e controlar essa praga.

Em condições ideais, entre 25 e 27ºC, o ciclo de vida dos pulgões dura cerca de 15 dias.

A reprodução dos afídeos, seja sexuada ou assexuada, ajuda nesse processo.

A reprodução assexuada, ou partenogênese, é mais comum em climas tropicais.

Ela acelera o ciclo de vida dos insetos, pois só produz fêmeas.

Uma fêmea pode gerar até 80 novos pulgões, com uma média de quatro por dia. Isso faz com que uma fêmea possa gerar até 10 ninfas por dia, causando uma infestação rápida.

A reprodução sexuada, ou holocíclica, envolve a fecundação das fêmeas.

Essa reprodução garante maior diversidade genética, ajudando na resistência a adversidades.

No entanto, a reprodução assexuada é mais comum devido à sua rapidez.

Veja a seguir uma tabela comparativa entre os tipos de reprodução dos pulgões:

Tipo de ReproduçãoCaracterísticasResultados
Asexuada (Partenogênese)Produção de apenas fêmeasRápido aumento populacional
Sexuada (Holocíclica)Fecundação das fêmeasVariabilidade genética

Produtos como o óleo de Neem, encontrado no Forth Defende, têm ação residual no controle dos pulgões.

Em casos graves, usa-se o Forth Inseticida, com deltametrina, para um controle mais eficaz.

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Pulgões na lavoura e na colheita

Os pulgões são pequenos insetos que podem causar grandes problemas na agricultura.

Eles variam de 1,5 mm a 3 mm de tamanho. Se reproduzem rápido, especialmente em temperaturas entre 25°C e 27°C.

Eles se espalham por grandes áreas da lavoura. Chegam às plantações por materiais vegetais contaminados.

Atacam primeiro as reboleiras, especialmente em plantas estressadas.

Pulgão: principais espécies e controlar na lavoura

As culturas agrícolas importantes são afetadas pelos pulgões.

Na soja, eles podem reduzir a produção até 40%.

No milho, a reprodução rápida leva a espigas estéreis ou incompletas.

No algodão, a fumagina causada pelos pulgões pode diminuir a qualidade do produto.

As toxinas dos pulgões aceleram a queda das folhas. Isso afeta a qualidade da colheita.

Impacto dos Pulgões nas CulturasRedução da ProduçãoQualidade do Produto
SojaAté 40%Redução significativa
MilhoEspigas estéreisBaixa qualidade das espigas
AlgodãoDiminuição das maçãsQualidade comprometida pela fumagina

É crucial controlar os pulgões para ter lavouras saudáveis.

Os produtores devem usar o Manejo Integrado de Pragas (MIP). Isso inclui monitoramento, controle biológico e cultural.

O controle químico deve ser feito com cuidado para evitar resistência. Usar receitas caseiras, como alho, cebola e água, ajuda no combate.

Isso contribui para uma produção sustentável e de qualidade.

Danos causados nas culturas agrícolas

Os prejuízos causados por pragas como os pulgões são grandes na agricultura. Diferentes espécies de pulgão atacam várias culturas.

E a cada ano, as perdas aumentam.

Esses insetos sugadores fazem danos diretos. Eles amarelecem, encarquilham e deformam as folhas. Além disso, causam nanismo nos brotos.

Outros danos incluem a formação de fumagina. Eles também injetam toxinas nas plantas.

A tabela abaixo mostra algumas espécies de pulgão problemáticas. E os danos que causam.

EspéciePrincipais Culturas AtingidasDanos Causados
Aphis gossypiiAlgodãoAmarelecimento e nanismo
Rhopalosiphum maidisMilhoNecrose foliar, má-formação das espigas
Schizaphis graminumSorgo, TrigoMorte da planta
Aphis spiraecolaCitrosRedução do crescimento das árvores
Sitobion avenaeTrigo, Aveia, CevadaRedução do poder de germinação

Os danos na agricultura são piores por causa da reprodução dos pulgões.

Cada fêmea pode ter de 70 a 80 filhotes em 20 dias. Culturas como soja, milho e algodão são muito afetadas, perdendo até 40% da produtividade.

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Principais espécies de pulgão

Identificar as principais espécies de afídeos é essencial para combater pragas nas lavouras.

Mais de 1.500 espécies são conhecidas, mas algumas causam danos severos.

Vamos ver quais são essas espécies comuns e seus efeitos.

Myzus persicae e Myzus nicotianae são comuns no tabaco.

Eles causam danos como encarquilhamento das folhas e perda de peso.

O Myzus persicae é partenogenético, com fêmeas ovais de 1 a 2 mm, variando de verde a rosa ou vermelho.

Já o Myzus nicotianae é uma praga severa em várias culturas, especialmente no tabaco.

O Aphis gossypii, ou pulgão do algodão, varia de 1 a 1,5 mm.

Ele afeta não só o algodoeiro como também o meloeiro.

Para outras culturas, o Sitobion avenae, ou pulgão da espiga, e o pulgão do milho, que pode medir até 2,6 mm, são importantes. Eles vivem em colônias grandes.

O pulgão verde (Myzus persicae) se destaca pelo seu desenvolvimento partenogenético.

Ele pode chegar a 2 mm e está presente em várias culturas.

EspécieComprimentoPrincipais Culturas AfetadasEstratégia de Controle
Myzus persicae1-2 mmTabaco, diversas outrasInseticidas sistêmicos, medidas preventivas
Myzus nicotianae1-2 mmTabacoInseticidas sistêmicos, controle integrado
Aphis gossypii1-1,5 mmAlgodoeiro, meloeiroDefensivos agrícolas, controle manual
Sitobion avenae1,3-3,3 mmEspiga de cereaisProgramas integrados de controle
Pulgão do milhoAté 2,6 mmMilhoControle químico, monitoramento contínuo
Pulgão verdeAté 2 mmDiversas culturasAdoção de estratégias preventivas e corretivas

Como controlar os pulgões na lavoura

Para controlar os pulgões na lavoura, é preciso usar várias estratégias. Veja os métodos mais importantes:

Primeiro, é importante usar métodos de controle de pragas preventivos.

Isso inclui eliminar restos de cultivo e plantas daninhas. Também é útil usar plantas que resistem mais a pulgões.

É crucial monitorar a lavoura para ver onde os pulgões estão.

Assim, é possível aplicar os tratamentos de forma mais eficaz. Uma fêmea de pulgão pode gerar até 80 novos pulgões rapidamente.

O manejo sustentável de lavoura usa várias técnicas.

Um exemplo é o controle biológico, que usa parasitoides naturais.

Pesquisadores da Universidade de Purdue mostram que o Manejo Integrado de Pragas (MIP) é mais eficaz que inseticidas.

Isso ajuda a evitar a resistência das pragas e protege insetos benéficos.

MétodoVantagem
Controle BiológicoUso de predadores naturais, como joaninhas
Manejo SustentávelIntegração de técnicas variadas, como o MIP
Controle QuímicoEficiência e ação rápida
Controle MecânicoEliminação manual usando água e álcool ou vinagre
Soluções CaseirasPreparados com alho, cebola e água

O controle químico é comum por ser eficaz. Mas é importante escolher substâncias com cuidado para não prejudicar inimigos naturais.

Usar óleo de petróleo em produtos de controle pode ajudar contra pulgões específicos.

Soluções caseiras e controle mecânico também são boas para pequenas populações.

Assim, é possível manter a lavoura saudável.

Quando possível, opte por métodos sustentáveis e integrados. Isso garante um controle eficaz e sustentável das pragas nas lavouras.

Manejo do pulgão como vetor de viroses

Muitas culturas agrícolas, como tomate, pimentão, alface, pepino e melão, sofrem com a transmissão de vírus por pulgões. Esses insetos não apenas sugam a seiva das plantas.

Eles também são vetores de diversas viroses que podem comprometer toda a produção.

Para combater a transmissão de vírus por pulgões e manter suas plantações saudáveis, é essencial adotar estratégias de manejo integrado.

O monitoramento constante e a identificação precoce de infestações são passos fundamentais.

Eles ajudam a decidir sobre a aplicação de inseticidas e outras medidas de controle.

O uso de tratamentos preventivos, como o tratamento de sementes e o cultivo de variedades resistentes a viroses, são estratégias de manejo integrado muito eficazes.

Além disso, soluções caseiras podem ser utilizadas para o controle dos pulgões.

Veja algumas receitas e seus ingredientes na tabela abaixo:

SoluçãoIngredientes
Solução de Fumo, Álcool e Sabão100g de sabão, 100g de fumo, 1 litro de álcool, 15 litros de água
Solução de Urtiga500g de folhas de urtiga, 10 litros de água
Solução de Confrei1kg de folhas de confrei, 10 litros de água

Além do controle químico e biológico, o cultivo de plantas atrativas para joaninhas é uma boa prática.

Plantas como coentro, cenoura e salsa são predadoras naturais dos pulgões. Elas são parte das estratégias de manejo integrado.

Pulgões como Myzus persicae e Hyperomyzus lactucae são conhecidos por transmitir várias espécies de fitovírus para a alface.

Eles podem transmitir o vírus do mosaico da alface (LMV) e o vírus do mosqueado da alface (LeMoV).

Na produção de alface, que em 2017 abrangeu 91.172 hectares no Brasil, com uma produção de 1.701.872 toneladas, o controle desses vetores é crucial.

Isso ajuda a mitigar perdas e danos econômicos.

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Conclusão

O controle dos pulgões é um grande desafio na agricultura. Existem cerca de 5.000 espécies mundialmente, incluindo 1.350 na América do Norte.

É crucial entender suas características para usar as melhores práticas de manejo.

Universidades como a Universidade da Califórnia e a Universidade de Wisconsin-Madison oferecem pesquisas e recursos úteis.

Os pulgões não só sugam a seiva das plantas, mas também espalham doenças graves.

Isso pode diminuir muito a produção agrícola. Métodos de controle biológico, como predadores naturais e substâncias como alho e absinto, são seguros e sustentáveis.

Repelentes naturais, como manjericão e sálvia, também são eficazes. O sabão de potássio é uma opção ecológica e segura.

Prevenir e gerenciar os pulgões é fundamental.

Reconhecer as espécies, entender seu ciclo biológico e usar medidas de controle são essenciais. Usar cultivares resistentes e agir rapidamente ajuda a minimizar danos.

Essas estratégias promovem uma agricultura mais sustentável e produtiva.

Assim, você estará melhor preparado para enfrentar esses desafios e garantir o sucesso das suas colheitas.

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